quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A liberdade segundo Jean Paul Sartre


                                

                                           A liberdade  numa visão sartreana

Não obstante esta pequena síntese do conceito sartreano de liberdade, retomemos, então alguns pontos:
a liberdade é a condição da existência humana, ou seja, o homem é incondicionalmente livre. Assim, podemos escolher livremente o que fazer. O que pode acontecer a esta liberdade é limitá-la pelo medo, ou seja, abdico de certas escolhas pelo medo de repressão religiosa, moral ou jurídica, mas a liberdade está presente e, sobrepondo-se ao medo, posso agir da forma como desejar;
Nas ações livres do homem não existem valores morais de regência, ou seja, é em cada situação histórica e concreta que o sujeito da ação deverá escolher seus valores e responder por eles;
Nas ações livres dos homens,  o outro aparece como um Mal por impor limites à minha ação e um Bem por constituir-se num meio para meus fins. Dessa forma, afirmar a liberdade implica na sobreposição ao outro, transformando-o num objeto da minha liberdade.
Dadas algumas das premissas do conceito sartreano de liberdade, podemos levantar algumas questões. Não estaria, exatamente, neste ideal de liberdade absoluta o cerne de certas violências em nossa sociedade? Não existe violência, entre outros motivos e para além das questões sociológicas, pelo fato de o homem ser incondicionalmente livre para agir, tendo que, talvez, responder pelas suas escolhas?  Não existe violência pelo fato de o homem relativizar a sua existência aos valores, eliminando os valores universais como o respeito ao outro, o amor a vida?  Não existe violência pelo fato de, quotidianamente, fazermos do outro um meio para o enriquecimento, por exemplo?
 BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, Fernando José. Sartre: é proibido proibir. São Paulo: FDT, 1998.
GILES, Thomas Ransom. História do existencialismo e da fenomenologia, São Paulo: EPU, 1989.
GIORDANI, Mário Curtis. Iniciação ao existencialismo. Petrópolis: Vozes, 1997.
LIMA, Walter, M. Liberdade e dialética em J. P. Sartre.  Maceió: EDUFAL,  1998.
MACANN, Christopher. Four fhenomenological pholosophers: Husserl, Heidegger, Sartre, Meleau-Ponty. London: Routledge. 1995
MÉSZÁROS, István. A obra de Sartre: busca da liberdade. São Paulo: Ensaio, 1991.
MOUTINHO, Luiz D. Sartre: existência e liberdade.  São Paulo: Moderna, 1995.
OLSON, Robert G. Introdução ao existencialismo. São Paulo: Brasiliense, 1970.
PERDIGÃO, Paulo. Existência e liberdade. Uma introdução à filosofia de Sartre. Porto Alegre: L&PM, 1995.



quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A TEVÊ NOSSA DE CADA DIA Por Allan


                                                      


                                                    A tevê nossa de cada dia

A televisão brasileira continua um "lixo". Afora os programas de comédia e alguns filmes, de um modo geral, se observa uma verdadeira exibição de temas  e personagens que contribuem para o emburrecimento  das pessoas. O povo brasileiro engole programação entediante e  repetitiva.
Um exemplo clássico da falta de senso e respeito ao telespectador é o "Big Brother".A Globo consegue se superar ao exibir asneiras,babaquices e apelo sexual da pior qualidade.O "reality show" chega a ter uma boa audiência porque desperta o lado mais obscuro e nefasto do ser humano.Assistir a tal porcaria apresentada pelo pseudojornalista Pedro Bial é assinar um atestado de  imbecilidade.Outro programa que torna ainda mais asno o brasileiro é  o Dr Hollywood exibido pela Rede Tv. O mais bizarro;a figura do Dr Ray, misto de cirurgião-plástico e garoto- propaganda de cinta liga para mulheres  do povão que não podem fazer plástica. Sem contar que ,na mesma emissora ,  há um programa da Sônia Abrãao de uma morbidez sem escrúpulos explorando a morte. E se você põe  na Rede  Bandeirantes vê o chamado “mundo  cão” do Cidade Alerta  do Datena noticiando o crime de forma enfadonha e sensacionalista, pouco inteligente.Vai que numa “bela” segunda-feira, você dúvida  que o tédio pode aumentar e chegar a níveis alarmantes, e resolve assistir à Tela Quente da Globo com seus  filmes, na sua maioria norte-americanos e de ação, mostrando cenas com tamanha dosagem de violência e banalização da vida humana a tal ponto de chocar o pior detento de Bangu 1.
Creio até na existência de um plano sádico e tétrico engendrado pelos produtores de tevê com anuência dos donos das emissoras( capitalistas inescrupulosos e porcinos) para tornar cada vez mais o povo alienado , enfim , alheio a sua própria liberdade de escolha.Amém
                                                                          Allan  Pimentel
                                                                                                                                                

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A amizade nas escolas (O Epicurismo)


                                                        


                                     Amizade nas escolas
Um dos valores defendidos pelos epicuristas é a amizade. O sábio, compreendido somente por outro sábio, vive melhor longe da multidão e da confusão da cidade, mas nem por isso deve seguir solitário: Epicuro considerava a amizade uma grande felicidade e repreendia os que pretendiam passar a vida sem ela. Aliás, a própria escola, fundada em 306 a.C., era um espaço de convivência entre amigos. “Na Grécia Antiga, as escolas eram bem diferentes das de hoje”, explica Marco Zingano, professor do departamento de Filosofia da USP. “Lá, as pessoas viviam, dormiam, conversavam. Era um verdadeiro espaço de convivência.” Diferentemente de outras escolas, como o Pórtico, dos estóicos, a de Epicuro ficava em um lugar afastado na cidade, funcionando como um calmo retiro, como convinha aos ensinamentos da doutrina. Como a escola situava-se em um grande jardim, os discípulos, na época, ficaram conhecidos como “Filósofos do Jardim”.

Amizade -- Texto de Elis Souza



 AMIZADE

    A amizade é um tema que no mínimo é importante, é algo que todo mundo deseja ter, mas, simplesmente não tem ou não possui o verdadeiro talento para construi-la.
    A construção de uma sensação fascinante que não sabemos decifrar, apenas vivenciar cada momento importante nas nossas vidas. Pois, é posta a prova a todo instante, é medida, avaliada, pesada e até mesmo comparada para que o seu resultado seja o mais puro e sincero possível.
    Quando um amigo (a) pergunta ao outro: Você é sincero (a) comigo? O outro sem titubear responde: CLARO!!! Na nossa amizade não tem espaço para falsidades! Então, O sentimento de incerteza e medo que pairava no ar logo se dissipa, e a “harmonia” volta a reinar. - Mas, uma dúvida ainda persiste em minha mente – Permanecer calado (a) diante de um acontecimento que foi vivenciado pelos dois, mas que apenas um foi mais beneficiado ou continuar calado (a), porque não pode ou não deve expressar sua opinião que é contrária e você quer “mandar ver”,  falar toda a sua opinião formada a partir de todas essas confissões feitas em meio a uma situação pré – estabelecida, como “modelo” em que você o possui e sempre o utiliza nas mesmas ocasiões.
    Então, retornando a dúvida. UFA!! “Será que tal comportamento é o mais sincero gesto de fidelidade e companheirismo a esse sentimento :AMIZADE. Ou é apenas mais um artifício da “natureza e sabedoria” humana de que “e eu sou besta de me meter, ele (a), que sabe de sua vida”? .
   Portanto, amigos (as) do mundo, vocês sabem o que vão pensar depois que lerem isso! Afinal, a vida é de vocês!.
                                                                                                       Elis  Souza


fonte: noauge4ponto0.blogspot.com







quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Poesia de Gregório de Matos( Barroco)



 "Nasce o sol e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em constínuas tristezas a alegria.
Porém, se acaba o Sol, por que nascia?
Se é tão formosa a luz, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?
Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância." 

                                                         Gregório de Matos

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Pensamentos do filósofo Nietzsche


"Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal."

"O verdadeiro homem quer duas coisas: perigo e jogo. Por isso quer a mulher: o jogo mais perigoso."

"Sem a música, a vida seria um erro."

"A vida mais doce é não pensar em nada."

"Quando adestramos a nossa consciência, ela beija-nos ao mesmo tempo que nos morde."
                                                                 Nietzche(filósofo alemão)

Tudo que é sólido pode derreter


Tudo que é sólido pode derreter
Coisas sólidas
Coisas líquidas
Amargas e mal vendidas
Tudo passa
Tudo cria
A natureza ajuda
E o ser humano complica
O status se solidifica
As relações se solidificam
A vida se solidifica
Nossos prazeres
Nossos dinheiros
E também nossos vícios
Com o tempo és fato
Ver que o mundo gira
E as ruínas aparecem
Seu mundo se encontra
Num paradeiro fúnebre
Onde tudo que é sólido
Que foi sólido e que vai ser sólido
Pode derreter
fonte:www.proibidoler.com.br

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Alberto Caeiro ( Heterônimo de Fernando Pessoa)


Há metafísica bastante em não pensar em nada.

O que penso eu do mundo?
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso

Que ideia tenho eu das cousas?
Que opinião tenho sobre Deus e a alma
E sobre a criação do mundo?
Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).

O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas cousas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.

Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores?
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de não saber para que vivem
Nem saber que o não sabem?

"Constituição íntima das cousas"...
"Sentido íntimo do universo"...
tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada.
É incrível que se possa pensar em cousas dessas.
É como pensar em razões e fins
Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores
Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.

Pensar no sentido íntimo das cousas
É acrescentado, é como pensar na saúde
Ou levar um copo à água das fontes.

O único sentido íntimo das cousas
É elas não terem sentido íntimo nenhum.

                                                                           Alberto  Caeiro