domingo, 25 de abril de 2010

A volta da Bundalização

CRÉU NO MEU CÉREBRO: A BUNDALIZAÇÃO VOLTOU!

Créu no meu cérebro! Quando pensei que o pior já havia passado com modismos como É o Tchan, Éguinha Pocotó e outras porcarias do gênero, eis que surge, então, a onda o créu. Vemos que de tempos em tempos, infelizmente não tão longos, as ondas de bundalização reaparecem na cultura brasileira, e com elas trazem pseudo cantores e dançarinas que conquistam seus cinco minutos de fama, seguidos, muitas vezes, de estampas em revistas eróticas em ensaio de “nu artístico” – como se não bastasse já serem consideradas artistas por fazerem a idiotice que fazem.
Diversos fatores contribuem para que essa “bundalização” da música e da cultura brasileira se alastre. Um deles? A imprensa, não há dúvida! Programas vazios, sensacionalistas e idiotas alimentam fatos que não possuem nenhuma relevância, bombardeiam e massificam o público promovendo esses modismos de verão.
Mas claro, a culpa não é apenas da imprensa, de apresentadores e jornalistas de meio neurônio. O fato das pessoas absorverem e consumirem esse tipo de (des)informação e cultura contribui de maneira decisiva para que elas continuem voltando em ciclos novos. É preferível ver um programa que mostre dançarinas seminuas, escândalos de “famosos” do que ler um livro, assistir um filme. E isso não tem nada a ver com acessibilidade. Está tudo ao alcance da mão, basta decidir o que consumir.
É óbvio que isso pode parecer um simples desabafo moralista e parcial a respeito de fatos que possuem lugar cativo nos meios de comunicação e nos lares de grande parcela do povo brasileiro. Entretanto, não é apenas isso e não é à toa que a bunda é o principal cartão postal do Brasil no exterior. Quer-se uma imagem de país sério e faz-se o contrário. Vendem-se nádegas carnudas e peitos siliconados.
E então em épocas de “secas” criam-se ferramentas para que o sexo continue na ativa e alimentando os programetes antes citados. Exemplos são as disputas de menores “tapa-sexos” para o carnaval, os concursos de novas loiras, morenas, ruivas, negras, mulatas, amarelas... do grupo tal que havia sumido e ressuscitaram, escolha da melhor dançarina mirim – iniciando a bundalização logo cedo para garantir a continuidade da coisa no futuro. Enquanto isso a vida vai passando, meus cabelos caindo e meus dentes amarelando... créu mesmo? Só no meu moralismo sempre démodé.

 Fonte: www.overmundo.com.br

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