O ser que se constrói
O homem é um ser que se constrói constantemente.Possui um componente denominado consciência que o faz a todo momento árbitro de si. Quem nega sua própria liberdade está fraudando, negligenciando o poder que lhe é conferido de alterar as variáveis de seus eventos, fatos , enfim da tal ação sobre o existir.
De tal modo , conferir a outrem( crenças religiosas, terapias consagradas pela ciência ou coisa do gênero ou até mesmo sublimação artística) o papel de guia para nossa atuação no cenário da vida é excluir-se da possibilidade de uma busca autêntica de SER humano.
Não existe um destino ,mas sim uma eterna reconfiguração de todos. Não perceber isto ou alienar-se ao mundo pseudopalpável representa a morte da vontade, expressão única do indivíduo, isto é , o que nega a dualidade, a alteridade.
A aventura do ser sobre a existência se debruça sobre tais questões. Urge enfrentá-las de modo radical para que não sejamos prisioneiros de nossas próprias falsas convicções.
É preciso se zerar , implodir-se, questionar-se mesmo que isso seja perturbador. Não há liberdade sem uma viagem interior profunda, decisiva para nos tornarmos menos frágeis e menos determinados por aquilo que nos adestra.